O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania concedeu nesta terça-feira (2) anistia política ao ex-atacante Reinaldo, do Atlético Mineiro, por ter sido perseguido pelo regime militar. Além da condição de anistiado político, Reinaldo reivindicava o direito a uma indenização, no valor de R$ 100 mil. O ex-jogador foi monitorado pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) e foi perseguido pelos generais que comandavam o governo e a Confederação Brasileira de Desportos (CBD), atual Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Ele comemorava seus gols com o punho cerrado para o alto, o mesmo gesto dos Panteras Negras, que atuavam contra o racismo e pela conquista dos direitos civis nos Estados Unidos. Reinaldo teve a trajetória dificultada na seleção pelos militares. Apesar de estar em boa forma, Reinaldo não foi convocado para a Copa de 1982, por exemplo.